Héctor Germán Oesterheld (1919–1977) foi um dos mais renomados roteiristas de quadrinhos da Argentina, conhecido por suas obras que combinaram aventura, ficção científica e comentários sociais e políticos. Nascido em Buenos Aires, Oesterheld começou sua carreira como jornalista e escritor de contos, mas foi nos quadrinhos que encontrou sua verdadeira vocação.
Ele é mais famoso por ter criado “El Eternauta” em 1957, uma das obras mais icônicas dos quadrinhos argentinos, em parceria com o desenhista Francisco Solano López. “El Eternauta” é uma história de ficção científica que se passa em Buenos Aires e aborda temas como sobrevivência, resistência e invasão alienígena, tornando-se um símbolo de resistência política na Argentina.
Oesterheld também colaborou com outros grandes desenhistas, como Alberto Breccia, produzindo trabalhos marcantes como “Mort Cinder” e “Ernie Pike”. Suas histórias eram conhecidas pela profundidade psicológica dos personagens e pelas críticas ao imperialismo e às injustiças sociais, o que fez com que suas obras fossem tanto aclamadas quanto perseguidas durante os anos de repressão na Argentina.
Nos anos 1970, envolveu-se cada vez mais com a política, apoiando movimentos de esquerda e se tornando um crítico aberto do regime militar que governava o país. Em 1976, durante a ditadura militar argentina, Oesterheld e suas quatro filhas foram sequestrados pelos militares. Apesar de relatos sobre sua morte, o destino final de Héctor Oesterheld permanece incerto, mas ele é amplamente considerado como uma das muitas vítimas desaparecidas do regime.
Seu legado continua a influenciar gerações de leitores e criadores de quadrinhos, sendo lembrado como um dos maiores roteiristas da América Latina.